segunda-feira, junho 13, 2005

Um poema de Eugénio de Andrade

Sobre o caminho



"Nada.


Nem branco fogo do trigo
nem as agulhas cravadas na pupila
dos pássaros
te dirão a palavra.

Não interrogues não perguntes
entre a razão e a turbulência da neve
não há diferença.

Não colecciones dejectos o teu destino és tu.

Despe-te
não há outro caminho. "


Eugénio de Andrade, Véspera da Água

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domingo, junho 12, 2005

Manifesto

A necessidade de escrever um manifesto para o leite azedo anda há tanto tempo às voltas na minha cabeça, que cada vez que penso escrever, e experimento a apertada estrutura em que devo encaixar este blogue sinto-me contrariada, pois tudo o que escrevo é limitador.
Pois não é para isso, ou também para isso que serve um manifesto, para separar águas? Como não gosto nada desta ideia de separar, não vou escrever manifesto, vou –me pôr ao caminho de peito aberto ao que todos quiserem dizer.
Por isso o leite azedo manifesta-se existindo, com o grande objectivo de ir revelando o que nos vai preenchendo a vida, o que nos alimenta a existência: as imagens, ideias, os amigos, as nuvens, os fantasmas, as árvores que crescem e as que conseguem voar.

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sábado, junho 11, 2005

Uma imagem e um convite

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Convite retirado do livro Março de Miguel Rocha e Alex Gozblau

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